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Exposição "Aspectos em vitrine"

Durante as aulas de aprendizagem do Senac (Parte teórica do programa de Aprendizes da Gol Linhas Aéreas), tive a oportunidade de idealizar uma exposição que retrata a diversidade corporal feminina e suas peculiaridades, que muitas vezes são tratadas com intolerância e desrespeito. A princípio, toda a ideia da exposição foi criada por mim, mas logo depois obtive toda a contribuição da Turma 175 para realizar o projeto, pois sozinha eu nunca conseguiria.

Foi neste momento, olhando para a exposição completa, que percebi a importância de um trabalho em equipe e colaborador. A minha ideia não seria nada sem várias mentes para aprimorá-la.

A exposição aconteceu no Senac Jabaquara, durante os meses de outubro e novembro. Foi reconhecida pela gestora da aprendizagem de toda a Instituição Senac como um projeto que faz parte do Movimento Pontes, uma diretriz de aprendizado e ensino que visa dar ao aluno o protagonismo do próprio progresso de capacitação.

O projeto foi orientado pelo docente Jorge Nicareta.

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Agradecimento

Quando imaginei essa exposição na minha cabeça, sabia que a toda a turma iria gostar e se empenhar para ela acontecer. E ela realmente tá acontecendo, mas muito diferente do que eu tinha arquitetado de início na minha cabeça. E, ainda bem, porque está tudo muito melhor.

Somos conhecidos no Senac por sermos a sala feminista da aprendizagem. Atualmente, temos apenas 3 garotos na turma, em uma sala de 14 mulheres (que antes, eram muito mais). Aqui, machismo nunca teve muita vez mesmo.

Discutir sobre a intolerância à diversidade corporal feminina foi um desafio. Descobrimos que é um problema muito maior do que um descontentamento em ter uma estria ou uma celulite. O Brasil é 2° país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo (fonte: Isaps), entretanto, também é o país em que, pelo menos, uma mulher morre por mês em decorrência de cirurgias plásticas mal executadas ou ilegais (fonte: R7). Isso, se não contarmos aquelas que têm suas certidões de óbito alteradas: cerca de 16 mortes de mulheres entre 2016 e 2017 foram relacionadas à lipoaspiração, mas que não foram explicitadas formalmente (fonte: Unifesp).

Chegamos num ponto da discussão que percebemos que nós, mulheres, estamos cada vez mais imersas em regras e padrões de beleza que não exaltam de verdade como somos. Fazemos procedimentos, desde os mais simples até os mais complexos, porque, em grande maioria, queremos ser aceitas e consideradas bonitas.

Estamos condenadas a isso, sofrendo por isso, morrendo por causa disso.

Foi a partir daí que procuramos reunir algumas mulheres com diversas singularidades corporais e histórias de vida completamente diferentes. Discutimos sobre vitiligo, pós-parto, obesidade, câncer de mama, estria e celulite. Chegamos a conclusão de que sua autoestima e percepção de si mesma devem ser seus próprios padrões de beleza. Cada mulher tem seu corpo, com suas cores, suas curvas e sua beleza. Que fique bem claro que, se você quiser mudar algo em si, mude! Se não quiser, não mude! Que independente da sua escolha, você seja extremamente feliz com o corpo que tem, ou com aquele que você deseja ter. Porque, no final do dia, quem carrega todo o peso de ser você, é você mesma. Seja gentil com seu corpo, ele merece todo seu amor.

Queria agradecer a Joyce (@_mandajojo) por ter tido toda a paciência em dar uma aula sobre Mandalas pra gente e ter compartilhado um pouco da sua arte. Queria agradecer as meninas que fizeram todos os desenhos, da forma mais carinhosa e empática possível. Queria agradecer a todos que correram atrás de pessoas que pudessem nos dar depoimentos e compartilhar um pouco das suas histórias, que hoje podem servir de inspiração pra tantas outras mulheres. Queria agradecer a todos os que ficaram horas amarrando flores, contornando desenhos e correndo atrás de tudo que precisávamos. Queria agradecer ao Senac por ter nos dado esse espaço e tudo que era necessário pra isso acontecer. Em especial, queria agradecer ao professor Jorge Nicareta por ter abraçado nossa ideia e ter ido com ela até o final. E, por último, queria agradecer a todas as mulheres que se aceitam, das mais variadas formas possíveis. Obrigada!

- Caroline Santana

Portfólio - Caroline Santana de Oliveira
Relações Públicas e Coordenadora de Marketing de Influência

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